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Sesc Pompeia é uma das 25 obras arquitetônicas mais importantes do pós-guerra, segundo o New York Times

Por G1

O Sesc Pompeia, na Zona Oeste de São Paulo, projetado por Lina Bo Bardi nos anos 70, foi eleito pelo jornal “The New York Times”, dos Estados Unidos, uma das 25 obras arquitetônicas mais importantes construídas depois da Segunda Guerra Mundial. O prédio ficou em 18º na lista.

O júri de sete arquitetos justificou a escolha pelo fato da arquiteta ter mantido a estrutura original da fábrica, trabalhando a ressignificação de estruturas industriais, o que era considerado uma novidade para a época.

O conjunto arquitetônico foi construído no terreno de uma antiga fábrica de tambores e tornou-se patrimônio cultural protegido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2015. O espaço começou a ser projeto em 1977, a construção teve início em 1982 e a inauguração foi quatro anos depois, em 1986.

No primeiro pavilhão, Lina fez um espelho d’água e deu o nome de Rio São Francisco em alusão a um dos mais importantes rios do Brasil, que atravessa estados do Nordeste.

No projeto, dois blocos de concreto aparente são interligados por quatro níveis de passarelas que levam aos quatro ginásios poliesportivos. Aos pés do prédio, está o Deck Solarium, um espaço que faz alusão de uma praia urbana e representa o correr do rio que corta o bairro da Pompeia.

Segundo a administração do espaço, Lina Bo Bardi pensava na construção do local como uma forma de dar contraste com a presença antiga da fábrica.

“Reduzida a dois pedacinhos de terra, pensei na maravilhosa arquitetura dos fortes militares brasileiros, perdidas perto do mar ou escondidas em todo o país. Surgiram assim, dois blocos, das quadras e piscinas e do vestiário. No meio a área não edificante e como juntar os dois blocos? Só havia a solução aérea, onde os dois blocos se abraçam através de passarelas de concreto. Espero que o conjunto do Sesc Pompeia seja feio, muito mais feio que o Museu de Arte de São Paulo (Masp) “

dizia a arquiteta.

A Área de Convivência e as Oficinas de Criatividade do Sesc Pompeia surgiram a partir da readequação e requalificação de uma antiga fábrica de tambores, o Conjunto Esportivo foi pensado pela equipe de arquitetura comandada por Lina Bo Bardi como um espaço para abrigar uma multiplicidade de atividades físicas.

o Conjunto Esportivo foi pensado pela equipe de arquitetura comandada por Lina Bo Bardi como um espaço para abrigar uma multiplicidade de atividades físicas. — Foto: Reprodução/ Redes Sociais/ Sesc Pompeia

Em 1980, ao ser questionada por estudantes que visitavam o Sesc sobre o papel da arquitetura, Lina respondeu, especificamente sobre o projeto. “Arquitetura, para mim, é ver um velhinho, ou uma criança com um prato cheio de comida atravessando elegantemente o espaço do nosso restaurante à procura de um lugar para se sentar, numa mesa coletiva. Fizemos aqui, uma experiência socialista.”

Na lista do New York Times, estão edifícios como a Casa Luis Barragán, na Cidade do México, Convento Sainte-Marie de La Tourette, na França, a Ópera de Sydney, na Austrália, a Casa Luis Barragán, no México.

Em 2016, jornal britânico “The Guardian” colocou o complexo de prédios do Sesc Pompeia em sexto lugar na lista das 10 melhores construções e estruturas em concreto do mundo. Ficando na frente do Pavilhão Nacional Português, em Lisboa (7º lugar), da biblioteca da escola técnica Eberswalde, na Alemanha (8º lugar), da igreja St John’s Abbey, em Collegeville, Minnesota (9º lugar), e o interior de uma casa no topo de uma falésia, em Coliumo, no Chile (10º lugar).

Prédios dos esportes foram os últimos a serem concluídos — Foto: Paulo Toledo Piza/G1

O conjunto arquitetônico foi projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi na década de 1970 no terreno de uma antiga fábrica de tambores.
Projeto da arquiteta Lina Bo Bardi, obra durou nove anos, entre 1977 e 1986 — Foto: Paulo Toledo Piza/G1
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Jornalista responsável:
Elis Marina de Amaral Gurgel Nunes (MTB 0094600/SP)

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