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O líder em cada um de nós

O que é ser um líder? Segundo o dicionário Michaelis, líder é a pessoa com poder de decidir, de se fazer obedecer, com capacidade de influenciar nas ideias e ações de outras pessoas.

A liderança seria algo genético ou a pessoa adquire essa competência ao longo da sua vida? Sempre me questionei sobre isso ao observar os diversos tipos de líderes que tive a oportunidade de conhecer e conviver.

Se pararmos para observar crianças, sempre há aquela mais populares, com atitudes que influenciam as demais. E como ela adquiriu essa habilidade? Seria por observação, seria genética?

E ao mesmo tempo, existem líderes que desabrocham devido a situações de injustiça, de inconformidade com a situação atual e se tornam representantes do seu grupo, da sua comunidade.

A minha conclusão é que existem esses dois tipos de líderes, aqueles que nascem e possuem uma predisposição e aqueles que se descobrem.

Nelson Mandela, Gandhi, Dalai Lama, Papa Francisco, Madre Teresa de Calcutá, Obama, Bill Gates, Desmond Tutu, Bunker Roy, Zilda Arns, Eva Haller, Peggy Dulany, Chico Xavier são alguns dos líderes que mais admiro, em especial pelo seu olhar empático, mas também devido a sua trajetória, coragem, resiliência e atitude.

Eu fui muito abençoada por ter a chance de nascer em uma família com dois grandes líderes, meu avô e meu pai. Ter a chance de observá-los e tê-los como mentores, com certeza facilitou o meu processo.

E ao longo da minha jornada, conheci outras lideranças que igualmente me influenciaram pelo seu ideal, crença e paixão em tudo o que fazem, como a executiva paulistana Alcione Albanesi, que juntou amigos para apoiar famílias no sertão nordestino e hoje se dedica 100% a essa causa, impactando 75 mil pessoas; o professor economista Muhammad Yunus, inconformado com a desigualdade social do seu país, desenvolve um programa de empréstimos de pequenas quantias a produtores rurais e se torna ganhador do Prêmio Nobel da Paz e o pai do microcrédito; e o jovem Kennedy Odede, morador de uma das maiores favelas do mundo, Kibera no Quênia, que resolve criar uma organização para apoiar a sua comunidade e hoje é reconhecido mundialmente pelo seu trabalho e membro da Clinton Global Initiative.

Há 4 anos participei de um programa de liderança que me apresentou a um novo conceito, o líder que constrói pontes, Bridging leader, ou seja, aquela pessoa que usufrui do poder da sua rede de relacionamento (o famoso networking) para conectar os diversos atores de forma colaborativa para solucionar desafios sistêmicos.

Como um bom líder, saber cultivar a sua rede de relacionamento é essencial para a realização do seu objetivo. Mas você pode estar se questionando, eu não conheço muitas pessoas, não frequento rodas importantes, como posso me tornar esse tipo de líder?

Se você tem um propósito e acredita no que está fazendo, use o poder da sua voz e das pessoas que você conhece. Pode parecer pequeno, mas com a tecnologia atual você pode alcançar quem você quiser. Agora se você ainda não descobriu o seu propósito, utilize também a sua rede para descobri-lo. Peça conselhos, ajuda, troque ideias.

Uma das premissas da minha vida para tudo o que faço é de que “não” eu já tenho, então porque ter receio ou medo, sempre vale a tentativa. Se arrisque.

O mundo precisa de lideranças conciliadoras que possam cocriar mudanças no sistema em prol das pessoas e da natureza e você pode ser uma delas. Comece pequeno, aja localmente e pense globalmente.

“Se as pessoas acreditam nelas mesmas, é impressionante o que elas conseguem realizar”

Sam Walton

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Expediente

Jornalista responsável:
Elis Marina de Amaral Gurgel Nunes (MTB 0094600/SP)

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