Desde 1985, a primeira segunda-feira do mês de outubro é dedicada ao Dia Mundial do Habitat, comemorado neste dia 5 em 2020.
A cada ano a Organização das Nações Unidas (ONU) propõe um tema para reflexão, sendo o deste ano: Habitação para todos: um futuro urbano melhor.
Para refletir um pouco sobre o tema, a professora Taiana Car Vidotto, de Arquitetura e Urbanismo da Facens, nos contou um pouco mais sobre as questões de moradia em tempos de pandemia.
Em 2019, a Arquiteta e professora na USP, Raquel Rolnik , publicou em seu blog que, naquele ano, havia pouco a comemorar pela data, que na ocasião refletia sobre o lixo urbano.
E em 2020? Anaçamos em algum aspectos? Bom, neste ano a data também nos deixa reflexivos.
Segundo a ONU, e também conforme a nossa Constituição Nacional (Capítulo II, Artigo 6o), a moradia é direito social do cidadão.
Neste ano, o debate ao seu acesso na batalha contra a disseminação da COVID-19 esteve no centro das discussões.
As discussões apontavam a impossibilidade de manter o distanciamento social bem como as práticas de higiene sem uma moradia digna.
Conforme dados da ONU, 20% da população mundial não tem acesso a habitação adequada, sendo que um bilhão de pessoas moram em assentamentos informais e mais de 100 milhões não tem moradia.
Entretanto, enquanto a pandemia se espalha facilmente nessas áreas, muitas habitações se encontram vazias em meio aos grandes centros urbanos.
Entende-se que o acesso a moradia é a base para outros direitos como a saúde, o ensino, o lazer, sendo fundamental para o bem estar dos cidadãos.
Além disso, a ONU lembra-nos que a definição desse tema está diretamente relacionada a Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11, de Cidades e Comunidades Sustentáveis.
Nesse sentido, o oferecimento de moradias adequadas e acessíveis traria um impacto direto na criação de comunidades, processo que envolve uma série de agentes.
Mãos à obra!
A ONU nos chama para além da reflexão nesse dia – nos chama para ação. Precisamos de novos líderes locais que identifiquem oportunidades e tracem estratégias possíveis para integrar a população vulnerável ao desenvolvimento urbano.
Por sua vez, novas políticas governamentais precisam ser elaboradas, com a inclusão e a participação da população a ser atendida.
E você, já se perguntou como essa reflexão pode nos levar a ação? Quais atividades podem ser realizadas na sua comunidade local para promover o acesso de todos à habitação? Como podemos melhorar a condição dos assentamentos precários já existentes?
O desafio é grande, mas cremos que nós, como cidadãos comprometidos, como arquitetos e urbanistas, engenheiros de diferentes especialidades, podemos fazer a diferença.
E você, como acha que pode fazer a diferença? Deixe aqui nos comentários!