Por DRI Facens
A eleições nos Estados Unidos acontecem este ano, em 5 de novembro, e por isso você já deve ter escutado por aí “primárias”, “Super Terça”, “Partido Republicano” e “Partido Democrata”. Se você não sabe muito bem o que são esses termos e não entende bem como funciona o sistema eleitoral nas terras do Tio Sam, esse texto é para você.
Eleições indiretas e o sistema de colégio eleitoral
Assim como no Brasil, as eleições presidenciais acontecem a cada 4 anos. No entanto, lá, a eleição é indireta. Ou seja, as pessoas elegem os chamados “delegados” ou “eleitores”, e são eles que escolhem quem vai ser o presidente e vice-presidente.
Votações populares também acontecem, mas não são obrigatórias. Elas servem como um termômetro para o delegado que, teoricamente, precisa respeitar a vontade da população do seu estado. No entanto, isso pode não acontecer e o delegado é tido como “infiel”.
O número de delegados/eleitores de cada estado correspondente a aproximadamente o tamanho de sua população e é proporcional ao número de parlamentares no Congresso dos EUA (deputados na Câmara e senadores).
Ao todo, o Colégio Eleitoral (nome dado ao conjunto dos delegados/eleitores) tem 538 delegados. Para se eleger, o candidato à presidência deve obter 270 votos.
Número de votos do Colégio Eleitoral por estado. Fonte: Bridgewater State University
Em 2016, Donald Trump venceu mesmo recebendo menos votos populares que sua oponente, Hillary Clinton. Isso aconteceu porque Trump venceu na maioria dos estados e, consequentemente, teve a maioria dos votos dos eleitores do Colégio Eleitoral.
Winner-take-all (o vencedor leva tudo)
Outro ponto importante no sistema eleitoral dos EUA é que o candidato que vencer em um estado, ganha todos os votos dos eleitores.
Por exemplo, em um estado com 40 delegados, se um candidato receber 23 votos, ou seja, a maioria, ele vai levar todos os 40 votos e não somente os 23.
Partidos políticos
Há vários partidos nos EUA, mas dois grandes acabam monopolizando as disputas: o Partido Democrata, mais progressista, e o Partido Republicano, mais alinhado aos conservadores.
Este ano, até julho, o candidato democrata era Joe Biden, atual presidente do país. Com sua desistência, a atual candidata é a atual vice-presidente, Kamala Harris.
Do lado republicano, o candidato é o ex-presidente Donald Trump.
Primárias e caucus
Antes das eleições “oficiais”, os eleitores de cada estado votam para decidir qual dos pré-candidatos será, de fato, um candidato e poderá concorrer à eleição. Essas são as chamadas primárias.
A “Super Terça” é o dia das primárias que mais estados votam. Nesta eleição, aconteceu em 05 de março e contou com votação em 15 estados e um território americano (Samoa Americana).
Já caucus são eventos privados organizados pelos partidos políticos em forma de assembleias, onde os eleitores expressam suas preferências por meio de discussões e votações.
Swing states (estados pêndulos)
Este termo é importante! São estados que não seguem uma tradição de ser democratas ou republicanos e, portanto, variam de eleição para eleição e, por isso, tornam-se decisivos. O candidato que vencer nestes estados tem grandes chances de vencer na eleição geral. São exemplos os estados da Carolina do Norte, Ohio, Pensilvânia e Flórida.
E aí, deu pra entender? Agora é só esperar o dia 5 de novembro e ver o resultado!
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