Em novembro é celebrado o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para destacar e valorizar o papel das mulheres nos negócios. No Brasil, elas respondem pela gestão de 56,8% das empresas consideradas novas, ou seja, que estão há até três anos e meio no mercado, segundo levantamento do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2022. O documento aponta também que, considerando mulheres e homens, 81,3% dos empreendedores brasileiros investem em negócios próprios por necessidade ou falta de emprego e 72,6% têm o objetivo de fazer a diferença no mundo.
Seja por oportunidade ou necessidade, especialistas alertam que para abrir um negócio é preciso planejamento e suporte. Natalia Marangão, coordenadora do FACE – Facens Centro de Empreendedorismo, um dos Centros de Inovação do Centro Universitário Facens – referência nacional em metodologias inovadoras de educação nas áreas de arquitetura, engenharia, saúde, tecnologia e veterinária -, afirma que as mulheres empreendedoras têm um grande desafio, já que “acabam atuando em diferentes papéis simultaneamente, como mães, donas de casa e muitas vezes são as únicas pessoas que geram renda na família. Por isso, pontos importantes, como inovação e planejamento estratégico, acabam não sendo prioridade no desenvolvimento do seu negócio”.
Natalia explica que esses fatores podem tornar as empresas mais vulneráveis, mas para evitar isso, é necessário que elas possam priorizar a gestão do empreendimento e entendam quem são seus potenciais clientes, quais são os problemas deles e quais as soluções para resolvê-los por meio do seu negócio. “Esses passos são cruciais para que a conta feche no final do mês. Elas precisam entender se existe uma demanda real para a solução que pretendem oferecer ao mercado, se existem pessoas que pagariam por esse produto e serviço”, comenta.
A especialista destaca ainda que “usar as redes sociais e os canais de comunicação, como os aplicativos de mensagem instantânea, para oferecer produtos e serviços, captar o feedback dos clientes e atender com eficiência e atenção é uma das estratégias que são importantes para manter a empresa saudável”.
Incentivo e suporte
Outro fator importante é o aprimoramento constante. Segundo ela, cursos, workshops e treinamentos devem fazer parte do caminho de quem decide empreender. “Esse é o momento de troca de experiências, onde elas conhecem as dores e delícias de inovar e ser atuantes no ecossistema empreendedor por meio da troca de informações com pessoas que vivem essa realidade e podem ensinar”, explica.
O FACE – Facens Centro de Empreendedorismo tem o papel, dentro e fora da instituição de Ensino Superior, de fomentar a cultura e atitudes empreendedoras na comunidade, contribuindo e impactando positivamente por meio de negócios inovadores. “Atingimos centenas de pessoas anualmente, pois temos diversos canais, redes sociais, mentorias para a comunidade externa (escolas públicas e privadas), Programa de Pré-Aceleração, participação em eventos do ecossistema, palestras, compartilhamento de oportunidades entre outras coisas”, pontua.
Power Girl
Em parceria com o Centro Cultural Brasil Estados Unidos (CCBEU) e o Sebrae, a Facens realiza o programa Power Girl, criado para inspirar e capacitar mulheres empreendedoras com o incentivo da Embaixada Americana no Brasil. De forma gratuita, o projeto inclui atividades online para aprimorar e impulsionar as habilidades de mulheres empreendedoras. Neste ano, mais de 150 mulheres se interessaram por fazer parte dessa capacitação.
Mas não são somente as inscritas que podem aproveitar o conteúdo. O programa disponibiliza uma revista digital que foi criada para todas as mulheres interessadas em aproveitar as dicas e conteúdos originais do Power Girl. Para acessar e saber mais, acesse o site do projeto.