As florestas brasileiras abrigam não só uma biodiversidade impressionante, mas também comunidades que dependem diretamente da natureza para viver e produzir.
Com o objetivo de valorizar esse potencial e propor soluções reais para desafios socioambientais, nasceram os projetos selecionados para desenvolvimento na edição do Florestas Inteligentes 2025, com muita criatividade, tecnologia e impacto social.
Uma equipe formada por oito estudantes da Facens devem desenvolver duas soluções inovadoras para realidades muito diferentes: a floresta amazônica, em Santarém (PA), e a Mata Atlântica, em Juquiá (SP):
- Jennifer Cristine Cavalcante Rocha – Engenharia Química, 3º semestre
- Pedro Henrique de Paula Cesar – Engenharia Química, 3º semestre
- Jaqueline Ramos – Engenharia Química, 9º semestre
- Lucas Ferreira Neto – Engenharia de Computação, 7º semestre
- Luciana Veronica Moraes Mendes – Psicologia, 1º semestre
- Julia David Franco Gomes – Psicologia, 1º semestre
- Mel Plens Angelis – Análise e Desenvolvimento de Sistemas, 5º semestre
- Gabrielle Cristina do Carmo – Engenharia de Produção, 3º semestre
Amazônia: o biopigmento natural que transforma resíduos em valor
Na comunidade Amélias da Amazônia, a extração do óleo de andiroba é feita de forma manual, o que além de tornar o processo demorado, traz riscos ergonômicos e resulta em muito desperdício da casca e da massa residual da andiroba. Esses resíduos, mesmo ricos em propriedades, costumam ser queimados por falta de uso.
A solução? O biopigmento natural.
A equipe sugere o desenvolvimento de um subproduto a partir das sobras da andiroba, um pó com aroma de chocolate e alto valor agregado, com múltiplas aplicações:
- Pigmento natural puro
- Base para cosméticos (pó facial, blush, lip balm)
- Tintas naturais para artesanato e papelaria
Além do produto, a equipe propõe um equipamento inovador: uma prensa com separador de pó, que automatiza o processo e reduz o tempo de extração de dois meses para apenas três a cinco dias. A máquina permitirá extrair óleo e pó em um único movimento, de forma simples, segura e eficiente.
Impactos diretos:
- Geração de renda contínua
- Aproveitamento integral da matéria-prima
- Valorização de práticas sustentáveis
- Contribuição direta aos ODS 8, 12 e 13
Mata Atlântica: agilidade e acessibilidade para apicultores
Na região do Vale do Ribeira, a cooperativa Apivale enfrenta desafios com o processamento de pólen. As soluções industriais são caras, e o processo manual de separação e limpeza é lento, o que reduz a renda dos produtores e dificulta a entrada de novos apicultores.
A solução proposta envolve dois equipamentos simples e eficazes:
- Peneira vibratória desmontável
- Separa o pólen do pó de alimentação
- Fácil de montar, desmontar e limpar
- Funciona com energia mínima
- Funil com aspirador acoplado
- Elimina as impurezas mais leves com sucção
- Garante um pólen mais limpo e pronto para comercialização
A ideia é que seja um sistema leve, replicável e acessível, ideal para ampliar a produção e o lucro de pequenos produtores em todo o país.
Impactos diretos:
- Aumento da frequência de processamento
- Redução do desperdício de pólen
- Fortalecimento da produção apícola sustentável
- Contribuição aos ODS 2, 8, 9, 12 e 13
Fique de olho nas redes sociais do Florestas Inteligentes e aqui no Blog da Facens para acompanhe a evolução de cada um desses projetos, as entregas finais acontecem até o final de novembro, e nós estamos na torcida para que tudo dê certo!
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