O assunto energia elétrica está em alta desde o início deste ano. Não apenas pelo valor elevado das contas, gerado pela necessidade de acionamento das termoelétricas em decorrência do período de estiagem, mas também pelo aumento no consumo, que subiu 2,7% no quarto trimestre de 2020, de acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.
Embora a alta na demanda seja preocupante em relação à capacidade de geração e distribuição energética, considera-se que o país está crescendo e, com isso, que novos empregos no setor estão surgindo.
De acordo com Heverton Bacca, coordenador do curso de engenharia elétrica da Facens, a demanda de consumo de energia elétrica no Brasil tende a crescer proporcionalmente ao PIB.
Sendo assim, há sempre a necessidade de investimento em geração, produção e distribuição de energia elétrica e, consequentemente, ocorre o aumento de oferta de emprego no setor.
“É fundamental que os alunos de engenharia elétrica tenham contato e se formem prontos para trabalhar neste setor. Este é um dos motivos pelos quais a Facens, recentemente, fechou uma parceria com a CPFL Energia e a NARI Brasil, e possui uma subestação de energia dentro do campus, proporcionando uma experiência ímpar para os estudantes”
ressalta Heverton.
Ainda de acordo com Bacca, outro setor energético que deve ofertar muitas oportunidades de emprego neste ano, é o fotovoltaico.
“Dados da ABSOLAR apontam que a energia solar gerou mais de 147 mil empregos no brasil em 2020. Considerando que há um aumento progressivo no investimento de energia fotovoltaica, a tendência de crescimento segue para este ano. A associação projeta ainda que a maior parcela destes postos de trabalho deverá vir do segmento de geração distribuída, que serão responsáveis por mais de 118 mil empregos neste ano. Dos R$ 22,6 bilhões de investimentos previstos para este ano, a geração distribuída corresponderá a cerca de R$ 17,2 bilhões”, destaca Heverton.
Pensando nisso, o coordenador de engenharia elétrica da Facens afirma que a experiência com a energia fotovoltaica é outra grande vantagem na formação ofertada pela instituição de ensino, já que o campus também conta com sua própria subestação geradora.
“Nos preocupamos ao máximo em oferecer um curso completo, em que o aluno tenha possibilidade de ter contato com todas as áreas da engenharia elétrica. Isso possibilita que ele se familiarize com setores antes desconhecidos e que tenha ferramentas para atuar em qualquer área do mercado, principalmente o de geração, produção e distribuição de energia, que enfrentam grande escassez de profissionais qualificados”, afirma Bacca.