Pesquisa divulgada pela MField indica que 75,6% da população pretende fazer compras na Black Friday em 2023, um aumento de 32,2% se comparado ao ano anterior. De acordo com o estudo, entre os segmentos de produtos que despertam maior interesse dos consumidores estão moda e acessórios (39,3%), eletrônicos (37,5%), cosméticos (35,9%), calçados (33,2%) e eletrodomésticos (31,5%). Para atender à crescente demanda, a indústria precisou, ao longo dos anos, apostar em novos recursos para se preparar para a data, que neste ano acontece em 24 de novembro.
Para Rodrigo Luiz Gigante, coordenador do curso de Engenharia de Produção do Centro Universitário Facens, referência nacional em metodologias inovadoras de educação nas áreas de arquitetura, engenharia, saúde e tecnologia, a Black Friday tornou-se um período bastante estratégico para a economia, pois movimenta dezenas de setores.
“Nos bastidores, a indústria, comércio, serviços e logística começam a se preparar a partir dos resultados da edição anterior, entre nove e 12 meses antes, para atender a demanda esperada. Isso porque é preciso pensar em capacidade de produção, qualidade, gestão de estoque, prazos de entrega, customização de produtos e serviços, entre outros pontos”, diz.
O especialista explica que a Black Friday ganhou cada vez mais relevância no mercado também porque a indústria tem evoluído constantemente. “As empresas utilizam dois conceitos da indústria 4.0, o uso inteligente de dados e a cibersegurança, o que agiliza muito as operações e proporciona mais precisão nas tomadas de decisão”, diz Gigante, que comenta ainda que “além da tecnologia, deve-se levar em conta o trabalho realizado pelos profissionais de engenharia de produção, que são responsáveis por analisar dados, implementar soluções inovadoras e assegurar que o consumidor receba seu produto ou serviço de forma eficiente e segura”.
O engenheiro destaca ainda que atualmente os consumidores buscam, mesmo durante a Black Friday, produtos e serviços customizados, o que aumenta ainda mais o desafio. “É essencial encontrar caminhos para oferecer esses diferenciais ao cliente, por isso, é necessário investir cada vez mais em inovações tecnológicas para automatizar processos, além de ações de experiências que humanizem a relação entre as marcas e seus públicos-alvo”, diz.
Gigante enfatiza também que outro aspecto fundamental do sucesso das marcas na Black Friday é a comunicação com os consumidores. “Para isso também é necessário apostar em ferramentas tecnológicas capazes de aumentar a eficiência da comunicação e disseminar as mensagens-chave da empresa para o maior número possível de pessoas. Esse, aliás, é um dos fatores que mais fazem diferença, pois promove relacionamento, engajamento e fidelização”, completa.